Tuesday, October 24, 2006

Às vezes dói tanto seguir! Custa tanto fazer mais um esforço. É Outubro e eu já estou cansado. Preciso de férias disto. O 3º é impossível. Desgasta corpo e mente de uma forma inimaginável. E cada vez mais que eu estudo, que eu pego nos livros, penso: "Espero que valha a pena..." e desanimo. Tudo isto porque ando à anos a esfalfar-me por uma constelação com o meu nome. E se calhar já lá está, eu só tenho que a descobrir. Não tenho é tempo para a procurar. e também não tenho para escrever. Se a determinação e o sucesso dependem da força do coração, acho que o meu me vai dar um ataque cardíaco antes da meta...

Estou tão cansado.

E não me faz nadabem deprimir de duas em duas semanas... Definitivamente, não vão para Medicina...

Wednesday, October 18, 2006

Ultimamente apercebi-me que as pessoas me têm apagado das memórias delas. Uma por uma, me contam coisas em que eu não só estive presente, como também estive presente por causa ou só com essa pessoa.

Coisa estranha, a memória. Um dia tê-mo-la, noutro escorre-nos por entre os dedos. Custa a criar mas é tão, tão fácil de esvanecer...

E agora pergunto eu: Se as memórias com que nós ficamos são aquelas que mais nos marcam, positiva ou negativamente, não interessa para o caso, porque alma de que "damonho" se esquecem as pessoas de mim? Será uma retribuição divina por eu também ser esquecido? Ou talvez eu não seja interessante, ou marcante, ou importante?

Sei que as pessoas sabem quem eu sou, para o bem e para o mal, - vá lá, sejamos realistas, principalmente para o mal - mas durante quanto tempo? Até acabar o curso? Até deixar as memórias deles depois disso? E quanto tempo é que isso dura? Um ano, dois, dez? E depois? Vamos todos viver para além disso, sendo que uns ficam com a saudade porque ainda neles ferve o amargo pensamento...

E cá estou eu a deprimir mais uma vez. Mas pelo menos sei que o deito cá para fora. Sem duplas interpretações e interrégonos. Sim, eu sei que as pessoas podem ler, mas nada garante que quem eu sou está neste blogue, existe como ser físico, pensa como eu...

Essa pessoa perdeu-se nas memórias dos outros. E é lá que vai ficar.

Só espero que tu, leitora de mentes, não te esqueças de mim.

Monday, October 09, 2006

Lembram-se de um post que eu fiz no meu outro vôo? Chamava-se "Numb". Pois... É assim que eu me sinto hoje e mais uma vez. Prometi a mim mesmo que não me iria queixar mais. Mas depois deixava de ter assunto... =)

Mieke ouve música na sala ao lado. Mora comigo. E eu gosto. Gosto dos momentos que passamos juntos. É Mieke que me aturou todas a neuras que tive. É Mieke que estuda (ou estudou) comigo. É Mieke que precisou de mim e é a Mieke que eu ajudei.
Não digo quem é Mieke. Mieke não é, de certeza, a minha namorada. Mas não é um/uma amigo/a. Nem o sexo sabem. Porque Mieke é um sentimento. De quando eu era feliz aqui na Cova. De quando o estudo não apertava e a dor não surgia.

Porque é que eu falei de Mieke? Porque simboliza aquilo que tivémos e perdemos. Tudo. Um amigo, um gosto, um vício. Um falecimento, um ano, uma vida, uma eternidade.

E porque mais ninguém vê o que eu escrevo.
E porque a moda blogueira já passou.
E porque posso dizer o que quero, quando quero...
Digo...


Estou perdido...

E isso significa que me sinto sozinho...
Alguém me ajuda? Ou terei que ir chorar para as saias da mamã?


Sou um mimado...

=( =(
=( =( =( =(=( =( =( =( =( =( =( =( =( =(

Monday, October 02, 2006

Adoro o facto de não ter que justificar nada aqui. Sou quem quero ser. Não devo nada a ninguém. Não minto, não sinto, não choro... Nada. Aqui eu sou o que quero. Quando quero. Sem justificar posts a ninguém. Adoro esta "mortandade bloguista" que me dá asas para crescer.

Por isso vou ser inconfidente hoje. Não, não vos vou contar um segredo. É mais um desenho que vos vou fazer.

Começa com um tipo giro, assim para o gorducho, mas engraçado. Um miúdo. Com medo de tudo. Especialmente de magoar e desiludir quem gosta. Este miúdo é só uma concha, uma capa... Vazia.
Sente-se perdido num mundo que faz dele um brinquedo quando o que ele queria era voar. Queria desaparecer e fugir daqui para sempre. Não justificar nada. Deixar o vazio da sua alma
encher-se de vento.
Mas deixemo-nos de sonhos. Este desenho é sobre o miúdo. Ele mente todos os dias. A quem quer (porque não quer), porque tem medo de admitir que falha. Todos olham para ele porque ele emite uma luz inspiradora. Quem não mentiria se soubesse que a mentira era benéfica? E que o fazia um modelo? Mas sabem o que é pior de ser um modelo? O facto de não ter nada para onde olhar. Sabe-se o que é e tem-se medo de cair da cadeira onde o puseram.
Ele tem dois irmãos. Ou quiçá muitos mais, não interessa. O que interessa é que ambos olham para ele como um exemplo, como o perfeito o ideal. Não querem ser como ele, nem ele quer isso, aliás, ele ajuda-os a serem tão bons ou melhores. Mas o problema disso é que quando as pessoas sobem muito, esquecem-se de olhar para baixo e ter medo de cair. Ou então gostam tanto do calor dos elogios, do afecto do lugar que os abraçam e prendem.

As vezes apetece-lhe desistir. Mas ele é estranhamente forte. Arranja forma de prosseguir não importa a quantidade de mal que lhe façam. Lá vai ele à frente. Já esqueceu e procura novas almas para ajudar a atravessar o purgatório.

O que se passa com ele? Será estúpido? Alguém lhe disse para não gostar de si? Ou será que ele só gosta da atenção que lhe dão quando ele está em baixo? Está assim tão desesperado por mimo? Por amor? Não tem ninguém que o aprecie?

Não

Ninguém conhece um mentiroso. Que se pode dizer de alguém que nem sabe quam é, afogado nas tantas mentiras que conta que quase acredita nelas? Mas ele vai sorrir. Mente mais um sorriso. É só mais um. E é a sorrir que o querem ver. E ele não pode admitir que falha e é humano. É só mais uma estátua para outros miúdos olharem e dizerem "Mamã, quando for grande quero ser como ele!".

Mas será que alguém o diz?